AFM Records
Mundo Metal [ Lançamento ]
Eu nunca fui um grande fã de Symphonic Metal, então nem preciso dizer que o Leaves’ Eyes nunca me deixou de pau duro ou chamou muito minha atenção. A banda não me é estranha, claro, pois apresenta uma figura bem conhecida na comunidade do Metal, Alexander Krull (Atrocity), e vem fazendo barulho considerável na cena desde 2003, mas nunca mergulhei de cabeça no catálogo dos caras.
Isso fez minha jornada por ‘Sign of the Dragonhead’ um tanto quanto agradável, já que eu não sabia muito bem o que esperar e não tinha criados esperanças que pudessem impedir meu julgamento. O sexto play da trupe internacional é o primeiro sem a icônica e bela Liv Kristine, que se separou de seu amante Alexander Krull no ano passado (e, naturalmente, também da banda).
Mas não tema, meu amiguinho, porque a fórmula "Beauty and the Beast" permanece intacta com a adição de outra boazuda, Elina Siirala, soprano bem treinada e líder da banda Angel Nation, tão sinônica quanto o Leaves’ Eyes. Pinçando o catálogo de Krull e seus comparsas, posso dizer com confiança que a nova aventura da banda por mares frios, montanhas altas e reinos do norte não se afasta muito das outras obras. Siirala tem um tom diferente do que o de Kristine, mas seus sopros amenos e linhas vocais hipnotizantes combinam perfeitamente com o modus operandi musical de Krull.
"Fairer Than the Sun", por exemplo, é um ótimo exemplo de por que Krull e Thorsten Bauer (guitarra, ex-Enslaved) escolheram Siirala; linda e assombrosa, a faixa consegue compreender a atmosfera clássica da banda. Outras músicas como "Fires in the North", "Jomsborg" e a épica "Waves of Euphoria" têm uma vibração Folk que se assemelha a Turisas e Eluveitie, ao mesmo tempo que mantêm a aura romântica do seu gênero principal. A última ainda tem algumas passagens que me lembraram algo de Xandria.
Partes mais fracas também estão presentes, obviamente, como "Like a Mountain" e a faixa-título "Sign of the Dragonhead". Na primeira, na verdade, estou ok com o fato de ser menos dramática e mais divertida, mas a segunda cai numa vala comum pro gênero e é muito sem graça. Sem inspiração, a música parece forçada e provavelmente foi feita pra atender a alguma demanda da gravadora ou pegar alguns fãs (muito) casuais. O refrão é chato e irritante, os leads ficam mais fracos e pálidos a cada segundo e os elementos de suporte soam muito mecânicos.
A instrumental "Rulers of Wind and Waves", bem como as boas "Völva" e "Riders on the Wind" são as músicas mais divertidas aqui. A química da banda flui naturalmente e o instrumental é bem localizado, enquanto Siirala se sente mais à vontade em seu papel, fazendo até alguns excelentes duetos vocais com Krull em algumas partes.
Ser mais grave e denso é o que parece funcionar pro Leave's Eyes em 'Sign of the Dragonhead'. Obviamente, há a necessidade de faixas mais descontraídas e acessíveis por causa da natureza da banda, mas Krull só brilha de verdade quando está criando um conteúdo mais sombrio. O álbum deve levantar algumas sobrancelhas nos fãs hardcore do Leaves' Eyes, especialmente daqueles que gostam bastante de Liv Kristine, mas como eu disse no primeiro parágrafo, isso não foi um problema para mim porque nunca fui fã dos caras, então consegui ouvir o álbum mais relaxado. Em suma, 'Sign of the Dragonhead' é um álbum decente com alguns contratempos consideráveis, mas que vai acabar envelhecendo bem e recebendo uma recepção calorosa dos fãs.
Nota: 7.3
*Nota do site The Metal Club: 8.16
Formação:
Thorsten Bauer (guitarra, baixo, bandolim)
Alexander Krull (vocal, teclados)
Joris Nijenhuis (bateria)
Pete Streit (guitarra)
Elina Siirala (vocal)
Faixas:
1. Sign of the Dragonhead
2. Across the Sea
3. Like a Mountain
4. Jomsborg
5. Völva
6. Riders on the Wind
7. Fairer than the Sun
8. Shadows in the Night
9. Rulers of Wind and Waves
10. Fires in the North
11. Waves of Euphoria
Redigido por Bruno Medeiros
*A nota do site The Metal Club é sujeita a modificações de acordo com as avaliações dos seus usuários. Acesse, avalie e veja se sua nota bate com a nossa:
