Dezembrão chegou e não temos tempo pra mais porra nenhuma. Festas de confraternização, compra de presentes, viagens, fechamento de sei lá o que no seu trabalho...o bicho tá pegando! Então, meu amigo, esse mês não teremos um prefácio bonitinho e vamos direto ao que interessa: os álbuns mais deliciosos, viris, caralhudos e poderosos de novembro!
PS: Como já de praxe, os álbuns seguem ordem alfabética, e não de melhor para pior.
PS2: Não, Cannibal Corpse e Annihilator não conseguiram um lugarzinho no nosso ranking, então pode chorar que a gente gosta! VÁRIOS álbuns fodidos (não que o Annihilator seja um deles, porque putaquepariu, que play ruim) ficaram de fora, infelizmente é assim que as coisas são.
Aosoth – V: The Inside Scriptures (Black)
Agonia Records
Esses Franceses filhos da puta me lançam um play maravilhoso desses e encerram as atividades...vai entender. ‘V: The Inside Scriptures’ pega os elementos característicos do Black e os envolve em uma aura medieval e soturna únicas. Uma pena que o Aosoth debandou, pois os caras sempre fizeram bonito.
Elvenking – Secrets of the Magick Grimoire (Folk/Power)
AFM Records
Depois de um tempo sem lançar trabalhos à altura de seus primórdios, o Elvenking acertou em cheio de novo com ‘The Pagan Manifesto’ (2014), e ‘Secrets of the Magick Grimoire’ consolida a volta dos Italianos ao pódio do Folk/Power. Extremamente mágico e divertido, o álbum agrada tanto gregos quanto troianos por sua acessibilidade.
F.K.Ü. – 1981 (Thrash)
Despotz Records
Velocidade, porradaria e um verdadeiro ode aos melhores filmes e ícones da cultura do trash/terror de 1981; ah, e tem uns doidos tocando Thrash Metal no meio disso tudo também. Preciso dizer mais?
Lustre – Still Innocence (Atmospheric Black/Ambient)
Nordvis Produktion
O filho pródigo de Nachtzeit mantém o ritmo atmosférico e místico alcançado no decorrer de sua história e mais uma vez prova que o Atmospheric Black é um dos estilos mais ricos e profundos do Metal. Uma verdadeira viagem.
Moonspell – 1755 (Gothic)
Napalm Records
É notório que Fernando Ribeiro é um verdadeiro poeta e gênio de ocasião, e seus fiéis escudeiros o acompanham novamente nessa aula de história chamada ‘1755’, mais uma grandiosa vitória para os gajos do Moonspell. Melancólico e catastrófico, o trabalho é mais uma obra respeitável de uma das maiores bandas Portuguesas de todos os tempos.
Pink Cream 69 – Headstrong (Hard/Heavy)
Frontiers Records
Com trinta anos de história e doze álbuns de estúdio na bagagem, é difícil ver Dennis Ward, Alfred Koffler e companhia escorregarem na banana. ‘Headstrong’ marca uma das fases mais pesadas dos Alemães e mostra David Readman mais versátil do que nunca. Dose perfeita de Hard com o peso inconfundível do Metal.
RAM – Rod (Heavy)
Metal Blade Records
É fácil se sobrecarregar com a quantidade absurda de bandas tentando imitar o bom som tempos áureos do Metal. Há, é claro, um número decente de atos que fazem isso com honra e qualidade, como Ambush, Skull Fist, Wolf, Enforcer, Portrait, Trial, Air Raid, etc., e este quinteto Sueco, aqui o faz com maestria. Com mais uma ótima exibição de suas habilidades em 'Rod', o RAM faz mais do que abrir seu caminho na história do Metal: eles estão ajudando a trazer de volta a década de 1980 com força total. Álbum altamente recomendado.
Vhäldemar – Against All Kings (Power)
Fighter Records
O Vhäldemar mistura brilhantemente elementos de bandas como Grave Digger, Iron Savior, Stormwarrior, Manowar e até mesmo X-Wild - especialmente quando as linhas vocais mais rasgadas de Carlos Escudero aparecem - com suas próprias singularidades, que por sua vez resultaram em um dos álbuns de Power mais impressionantes, caralhudos e à prova de posers de 2017. Perversos e implacáveis, o quinteto espanhol inunda ‘Against All Kings’ com momentos inspiradores e atitude assassina.
W.E.B. – Tartarus (Symphonic Black/Gothic)
Apathia Records
Grécia e Metal extremo têm uma história longa de amor. Septicflesh e Rotting Christ podem ser as mais importantes da cena local em questão, mas os atenienses do Where Everything Begun (ou, simplesmente, W.E.B.) tentam tomar esse posto a cada álbum lançado. Ouso dizer que ‘Tartarus’, quarto trabalho de estúdio do quarteto, é disparado o melhor da carreira da banda. Um dos mais geniais e complexos álbuns de 2017.
Witchery – I Am Legion (Blackened Thrash)
Century Media Records
Sharlee D’Angelo, Richard Corpse, Patrik Jensen...o Witchery não sofre de carência de monstros da cena, e pra variar um pouco mostram seu poder de velocidade e Thrash negro com sétimo álbum de sua carreira. ‘I Am Legion’ honra com louvor o nome Witchery e com certeza borra algumas calças desavisadas por aí. Obrigatório para os fãs do Thrash trevoso!
Menções Honrosas:
Aetherian – The Untamed Wilderness (Melodic Death)
Lifeforce Records
Mais uma vez a Grécia aparece dando aula, dessa vez com os novatos do Aetherian. Bebendo da fonte do Death de Gotemburgo e adicionando pitadas próprias ao seu trabalho, os moleques refrescam os ouvidos e impressionam com ‘The Untamed Wilderness’, álbum debutante dos caras e prova mais do que irrefutável de que o Melodic Death Metal vai muito bem, obrigado.
Almanac – Kingslayer (Symphonic Power)
Nuclear Blast
O que acontece quando colocamos um verdadeiro gênio e erudito da guitarra como Viktor Smolski (ex-Rage, Mind Odyssey) com o poder cru e talento puro de grandes como Andy B. Franck (Brainstorm) e David Readman (olha ele aí de novo)? Acontece essa belezura aqui, o Almanac. Contando ainda com Jeannette Marchewka para completar o trio de vocalistas, Smolski conseguiu finalmente sua tão almejada liberdade para compor com ‘Tsar’ (2016), e abraçou de vez seu status de líder com essa obra maravilhosa aqui. Pedida perfeita para os fãs de seu trabalho e de Power Metal em geral.
Chaos Moon – Eschaton Mémoire (Funeral Doom/Black)
Blood Music
Mais um filhote de uma mente perturbada, o Chaos Moon mostra o lado macabro e depressivo de sua mente pensante, Alexander Poole (aqui como Esoterica), numa rendição muito acima da média em se tratando de Funeral Doom. Pitadas de Black completam o tempero especial de ‘Eschaton Mémoire’ e levam o trio ao melhor momento de sua carreira.
Niviane – The Druid King (Power)
Pitch Black Records
Leads à la Iron Maiden, medias músicas reminiscentes à Grave Digger e atmosfera pra fã nenhum de Power Metal botar defeito. O Niviane chegou de mansinho e roubou os corações da galera no Mundo Metal, e seu debut ‘The Druid King’ tem lugar cativo nas menções honrosas do mês por sua competência e naturalidade musical. Mais uma ótima banda a emergir dos EUA.
Sickle of Dust – Between the Worlds
(Epic/Atmospheric Black)
Independente
Mais uma one-man band e mais um debut. Ash, criador e único membro do Sickle of Dust, consegue flutuar sua música por vários estilos extremos durante o curso de ‘Between the Worlds’, o que torna a peça extremamente revigorante e preciosa. Do épico ao melancólico, o experiente Russo convence e mostra que seu país também é um dos berços do Metal extremo. Um improvável clássico do underground.
Redigido por Bruno Medeiros