Phantom (US) – "Cyberchrist" (1993)



Phantom foi uma banda de Power/Speed Metal estadunidense que lançou três álbums no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990: Dead or Alive, Phantom e Cyberchrist. Os Americanos faziam um som que bebia na fonte de bandas como Vicious Rumors, Metal Church, Riot e outras no estilo, com riffs rápidos e vocais agudos. Os primeiros dois trabalhos do Phantom foram um pouco podres em relação à performance geral e produção, mas com Cyberchrist os gringos loucos conseguiram aliar riffs agressivos, boa produção (para a época), cozinha sólida e letras simples mas divertidas, que com certeza vão ficar dentro desse pedaço de merda oca que você chama de cabeça por um bom tempo. Tudo isso, combinado com os vocais e performance animais de “Falcon” Eddie Green, que só por ter esse apelido já merecia sua atenção.

O petardo é um ode à cena do USPM (United States Power Metal). O álbum começa chutando forte seu saco com a rápida “Well of Souls”, que deveria ser um hino para qualquer fã de Power Metal por aí, e dando um exemplo perfeito do que esperar pelo resto do play. “Six Feet Under” e “Graveyard Shift” continuam com o ritmo acelerado, enquanto “Blind Man’s Sight” e “Big Daddy” oferecem uma trégua na paulada sem limites, pois são duas composições mais lentas e bem vindas na construção do álbum. Todo o resto é igualmente bom, e não tem balada mela-cueca pra estragar a pancadaria, só porrada atrás de porrada pra revirar esse estômago que você agride todo dia comendo McDonalds.

Do começo ao fim, esse é um álbum sólido que vai deixar os fãs de USPM orgulhosos. Se você ama álbums como Digital Dictator, Blessing in Disguise e Transcendence, isso é pra você. É uma declaração de amor ao gênero e uma lição para todas as bandas Power Metal lá fora. Só é uma pena que uma banda como essa tinha que acabar, mas eles orgulhosamente levantaram a bandeira do Heavy Metal enquanto existiram, acabando em alto estilo com Cyberchrist. Esta sem grana? Faça um crediário, venda aquele álbum lixo do Guns ‘n’ Roses que você tem (era uma época sombria, eu sei), sei lá, mas compre esse álbum, você merece.





por Bruno Medeiros
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