Pantera


Existem algumas bandas no Mundo do Metal que são do tipo "ame ou odeie".
Com certeza absoluta, o Pantera é uma destas.

Muitos amam e veneram enquanto outros odeiam e simplesmente não perdem uma oportunidade de taxá-los como a escória do Metal. Eu particularmente, não tenho como não amar, afinal foi uma das bandas que ajudou a formar a minha identidade musical.

Quem começou a ouvir música extrema no começo dos anos 90, não tem como ter passado despercebido aos "Hits" dos texanos do Pantera.

O grupo que foi formado em 1981 e apresentava uma sonoridade muito diferente de quando "explodiu" e partiu rumo ao estrelato, nos 90's apresentou uma trinca de álbuns em sequência, que é praticamente impossível falar dessa época sem citar tais registros.


Cowboys From Hell (1990) - Segundo álbum com Phil Anselmo nos vocais. Primeira vez que a banda apostou em uma sonoridade mais pesada e com influências do Thrash Metal, que havia conquistado diversos seguidores na década anterior.

Um clássico absoluto e incontestável, detentor de hinos supremos do Metal como Cemetery Gates, Cowboys From Hell, Domination, Psycho Hollyday e Primal Concrete Sledge. Serviu de alavanca para o sucesso arrebatador do grupo e confirmou que o caminho para o êxito comercial seria a musicalidade cada vez mais extrema.


Vulgar Display Of Power (1992) - Com uma musicalidade mais pesada que em "CFH", com ênfase, principalmente, na mudança drástica do estilo vocal de Phil Anselmo, a banda aposta neste clássico, em agressividade regada aos riffs magistrais de Dimebag (Ex-Diamond) Darrel e consegue com uma eficiência jamais vista emplacar diversos "Hits" antes inconcebíveis em rádios e programas de TV com apelo pop.

Mouth For War, This Love e Fucking Hostile foram os carros-chefe do trabalho, que ainda deixou faixas marcantes do porte de Walk, A New Level e Hollow.


Far Beyond Driven (1994) - Aqui a banda já vivia alguns problemas internos de convivência, Phil estava atolado nas drogas, os demais membros no álcool e as apresentações ao vivo se tornavam cada vez mais caóticas. Em termos de musicalidade, seguiam uma escala progressiva onde ser cada vez mais brutais era algo absolutamente natural.

Neste trabalho, novos hinos da banda surgiram, com músicas mais extremas e os vocais de Phil cada vez mais urrados. 5 Minutes Alone, I'm Broken, Becoming e Strenght Beyond Strenght são canções fortes e que mostra um Pantera atingindo patamares nunca antes visitados.

O sucesso seguiu com os dois últimos registros do grupo e com a "vida na estrada" que levavam, o fim era certo. O desfecho não foi o que todos queríamos e o assassinato de Dimebag anos depois, pois fim ao desejo de milhares de fãs que ainda sonhavam com uma reunião do grupo.

A importância desta trinca para o Metal nos anos 90, jamais será apagada ou esquecida e o nome Pantera, sendo amado ou odiado, está cravado pra sempre na história da música extrema.


Escrito por Fabio Reis

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