Iron Reagan: o renascimento do Crossover

No inicio da década de 80 algumas bandas surgiram com a ideia da fusão, entre o Hardcore/Punk e o Metal, conseguiram com isso unir dois mundos totalmente diferentes, mas mantendo a identidade individual de cada um. Dessa fusão resultou o Crossover. Quase três décadas depois, uma banda resolveu resgatar e dar novo fôlego ao estilo. 


Formada em 2012 em Richmond, USA, o Iron Reagan começou como um projeto paralelo de Tony Foresta e Landphil Hall, respectivamente, vocalista e guitarrista da banda Thrash/Crossover Municipal Waste, juntamente com alguns membros das bandas de Death Metal, Cannabis Corpse e Darkest Hour, e possui uma sonoridade tão vibrante e empolgante que está prestes a ofuscar as bandas que a originaram.

Embora tenha pouco tempo de estrada, a banda vem sendo extremamente produtiva, em apenas dois anos de existência, nada menos que 60 músicas foram compostas, uma capacidade criativa realmente impressionante. A banda lançou uma excelente demo em 2012 com apenas 4 musicas, nela apresentam um Crossover, no melhor estilo oitentista, influência pura de bandas clássicas como D.R.I.,Cryptic Slaughter, Wehrmacht, Leeway, The Accüsed, etc.


Na sequencia lançaram seu debut, "Worse Than Dead" (2013), com uma sonoridade absolutamente destruidora contendo 19 canções empolgantes e altamente velozes que raramente passam de um minuto. E, no começo desse ano, lançaram um EP, "Spoiled Identity", contendo impressionantes 13 canções em menos de 5 minutos. Além de um Split juntamente com a banda californiana de Death Metal/Grindcore, Exhumed.

Nesse mês de setembro, a banda liberou seu mais recente petardo e segundo full album, "The Tyranny of Will", lançado pelo renomado selo Relapse Records. Nele a banda retorna com uma sonoridade ainda mais furiosa, destilando um Crossover simplesmente brutal. O álbum possui uma pegada monstruosa, uma avalanche sonora de 25 canções em clock de pouco mais de 32 minutos.


O Iron Reagan, é sem dúvida uma das melhores bandas do estilo surgidas nas últimas décadas, resgataram um estilo que andava meio a deriva e quase que completamente esquecido. É bem provável que durante a audição, você sofra uma grave lesão no pescoço ou alguma hemorragia cerebral de tanto banguear. 

Ouçam e tirem suas devidas conclusões. 



Lineup:


Tony Foresta - Vocals
Phil Hall - Guitarra
Mark Bronzino - Guitar
Rob Skotis - Bass
Ryan Parrish - Drums 

Escrito por Claudio Santos

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