O primeiro semestre do ano se passou e com ele, uma série de acontecimentos marcantes. Nesta primeira metade de 2016, uma afirmação é totalmente verídica: estamos passando por um ano bem agitado!
Como sempre, temos o lado bom e o lado ruim em anos como este, então vamos relembrar alguns dos maiores acontecimentos destes primeiros seis meses e tentar extrair um saldo positivo ou negativo de tudo o que já aconteceu.
Dividimos as mais importantes notícias em 10 temas distintos e apresentaremos a você, uma pequena retrospectiva do que foi o primeiro semestre de 2016 no mundo do Rock e Metal. Confira:
1. Falecimentos
Não poderia começar este texto de outra forma e se 2015 terminou levando o lendário Lemmy Kilmister (Motorhead) de nós, 2016 continua arrebatando alguns músicos talentosos e nos entristecendo. Perdemos o excepcional baixista Jimmy Bain (Rainbow, Dio e Last In Line) e o ex-baterista do Megadeth, Nick Menza.
Além destes, outros nomes importantes partiram desta para uma melhor (ou pior). Glenn Frey (Eagles), o "camaleão do Rock" David Bowie, Keith Emerson (Emerson, Lake & Palmer) e o quinto Beatle George Martin.
Esperamos que a "senhora" Morte já tenho completado sua lista e mais ninguém seja levado.
2. Fofocas
É claro que num ano movimentado como este, as fofocas aparecem aos montes e alguns rockstars, adoram aparecer na mídia não por seus trabalhos musicais, mas sim por declarações, picuinhas e assuntos totalmente irrelevantes para a música.
A separação de Ozzy e Sharon rendeu diversos capítulos e roubou a cena em diversos sites especializados. Presenciamos uma verdadeira continuação do reality "The Osbournes", porém via internet. Gene Simmons (Kiss) não poderia ficar de fora desta lista e após declarações infelizes, foi rebatido pelo próprio companheiro de Kiss, Paul Stanley, mas o interessante é que diretamente do além, surge Nikki Sixx tecendo críticas e mais críticas as declarações de Gene, transformando o ocorrido numa verdadeira discussão pública e ataques verbais entre os três músicos.
As polêmicas não pouparam nem a cantora Vanuza, que sem nem ao menos ter declarado nada, foi alvo de uma tremenda discussão à respeito de um possível plágio que o Black Sabbath teria feito de uma canção da veterana integrante da Jovem Guarda.
Assuntos absolutamente irrelevantes, mas que infelizmente chamam a atenção de inúmeros headbangers, esperamos que a segunda metade do ano traga menos fofocas e mais música.
Assuntos absolutamente irrelevantes, mas que infelizmente chamam a atenção de inúmeros headbangers, esperamos que a segunda metade do ano traga menos fofocas e mais música.
3. Polêmicas
As polêmicas são tão constantes quanto as fofocas e tivemos um número elevado delas em 2016.
Desde as mais recentes envolvendo o baixista e vocalista do Slayer, Tom Araya, que defendeu em plena apresentação da banda, a posse de armas de fogo por cidadãos comuns em um discurso inflamado, até Marcel Schmier, baixista e vocalista do Destruction, declarando que quem ficar rico não pode mais tocar Thrash Metal.
Além destas, muitas outras marcaram o ano, Gary Holt assumiu publicamente a sua opinião sobre a desunião existente no Metal, Dave Mustaine apresentou-se completamente embriagado, o Exodus expôs que sofreu um calote em sua apresentação em Curitiba e certamente, não vai parar por aí, afinal temos mais um longo semestre pela frente...
4. Racismo e intolerância no Metal
Quem acompanhou os noticiários sobre o Metal, com toda a certeza ficou ciente de alguns fatos lamentáveis e atitudes totalmente desnecessárias por parte de alguns músicos.
Duas notícias em especial roubaram a cena e obtiveram muito destaque, a primeira foi o comportamento de Phil Anselmo (ex-vocalista do Pantera), que em meio a um show em homenagem a Dimebag Darrel, fez a saudação nazista e gritou a frase "White Power" (poder branco) gerando a ira de muitos. Tal fato resultou numa discussão generalizada e mesmo Anselmo emitindo uma nota ao qual pedia desculpas publicamente, sua banda, o Down, foi retirada de alguns festivais como represália aos atos de Phil.
Outro fato intolerante e que repercutiu muito, foi o relacionado ao Belphegor. O grupo de Black Metal, ao desembarcar na Rússia, foi alvo de um radical religioso, que tentou investir contra o vocalista Helmuth Lehner, desferindo ofensas e cusparadas. O episódio só não se transformou em algo pior, pois Karl Sanders (vocalista e guitarrista do Nile), interferiu e impediu que o fanático ortodoxo agredisse o integrante do Belphegor.
Acontecimentos absolutamente dispensáveis e que tiram o foco do que realmente nos importa quando dissertamos sobre Metal: a música.
5. Política na música
Músicos do Metal se posicionando publicamente com relação a política não expõe absolutamente nada de novo. Integrantes de grupos renomados como Megadeth, Slayer, Kreator e tantos outros, muitas vezes expressaram suas opiniões e apoiaram ou foram contra partidos e políticos em específico.
Aqui no Brasil, talvez isso seja algo novo e talvez pela atual situação de nosso país, bastou que o Violator mandasse um foda-se ao politico Jair Messias Bolsonaro em sua página oficial, para que a "terceira guerra mundial" fosse instaurada. Direitistas e esquerdistas entraram em um debate ideológico sem fim querendo impor a sua visão política e o pior, criando regras e mais regras sobre quem pode ou não ouvir Metal, baseando-se em conceitos políticos.
Diz o ditado que sobre futebol, religião e política, não se deve discutir, porém quando há respeito as opiniões opostas, qualquer assunto pode ser debatido, infelizmente não foi o caso no episódio do Violator.
6. Aposentadorias
Muitas bandas anunciaram o fim de suas jornadas em 2016. Aerosmith e Whitesnake são alguns dos que prometem se aposentar e para os amantes do Metal, os dois finais mais sentidos são os de Black Sabbath e Manowar.
O Black Sabath está em plena turnê de despedida, a "The End Tour", inclusive com passagem pelo Brasil marcada para dezembro, já o Manowar, através de seu site oficial deixou uma nota convocando os seus fãs (os Manowarriors) para a "The Last Battle Tour", a possível última excursão dos "Kings Of Metal".
7. Reuniões
Ao mesmo tempo que alguns nomes consagrados decidem encerrar as atividades, algumas bandas de grande apelo midiático ressurgiram das cinzas e causaram grande comoção.
Os três retornos mais impactantes foram:
Misfits com Jerry Only, Doyle e Glenn Danzig, se reunindo novamente após 33 anos e inclusive lançando um novo EP.
A total reformulação do Rainbow de Ritchie Blackmore, fazendo apresentações em festivais importantes como o Monsters Of Rock alemão e apresentando ao mundo o talentosíssimo vocalista Ronnie Romero.
A volta do Guns 'N' Roses com três de seus membros originais. Axl Rose, Slash, Duff Mckagan e possivelmente, Steven Adler em breve.
8. Axl Rose no AC/DC
Esta sem dúvida alguma, foi a notícia mais inusitada do ano. Tanto que quando era apenas uma especulação, estava sendo vista por grande parte dos fãs e jornalistas como uma piada ou algo inconcebível.
Contrariando tudo e todos, a notícia se concretizou e o senhor Axl Rose realmente substituiu Brian Johnson em diversos shows do AC/DC. Muitos detestaram, outros adoraram, mas a grande verdade é que o vocalista do Guns 'N' Roses não fez feio e segurou bem o rojão.
Para quem discorda, uma notícia triste, existem indícios fortíssimos que Axl estaria compondo com Angus Young e um novo álbum do grupo seria lançado com a participação do cantor. Aguardemos.
9. Rockstars fazendo a diferença
A imagem de que músicos do Metal estão sempre ligados a confusões, atitudes imbecis e sempre passando um exemplo ruim para os jovens, vem sido destruída através de ações generosas como as que vem ocorrendo neste ano.
Bruce Dickinson visitou em 2015 a instituição Nordoff Robbins, que usa música para ajudar crianças com autismo e adultos com problemas neurológicos e em 2016, dedicou um de seus dias ao garotinho Rossi Starbrook, vítima de leucemia e que vê em Bruce a sua principal inspiração.
Sammy Hagar foi outro que através de um show beneficente, pode doar um cheque de 100 mil dólares há uma instituição que cuida de crianças com câncer e Jon Bon Jovi, visitou uma fã em estado terminal.
Estes exemplos demonstram que os artistas do Rock/Metal podem proporcionar muito mais do que música de qualidade.
10. Grandes lançamentos
Como não podia deixar de ser, muita música de qualidade foi apresentada e se a nova geração do Metal vem se firmando cada vez mais e lançando discos de qualidade inquestionável, os grandes medalhões não estão deixando por menos e nomes como Megadeth, Anthrax, Death Angel, Blaze Bayley, Destruction, Metal Church, Dream Theater e muitos outros, vem concebendo grandes obras.
E o ano ainda está longe de acabar, temos pela frente alguns discos que prometem abalar as estruturas do Metal, afinal 2016 ainda aguarda os novos trabalhos de Testament, Overkill, Metallica, Gamma Ray, Sepultura e muitos outros.
A segunda parte desta retrospectiva será apresentada em dezembro, portanto fiquem ligados em nosso blog e acompanhem todas as notícias e artigos!
A segunda parte desta retrospectiva será apresentada em dezembro, portanto fiquem ligados em nosso blog e acompanhem todas as notícias e artigos!
por Fabio Reis