Kiss: "não há razão para soltar músicas novas pois os sistemas disponíveis não nos pagam"


Enquanto muitas bandas e músicos novos vem usufruindo da internet e suas plataformas de streaming, usando tais artifícios como uma arma poderosa para divulgar de maneira rápida e barata as suas músicas, bandas multimilionárias como o Kiss ainda tem uma visão diferenciada.

Em recente entrevista ao Radio.com, o guitarrista e vocalista Paul Stanley declarou que a banda não tem qualquer intenção de lançar nenhum álbum depois de "Monster" (2012). Confira a declaração:

"Bem, é um assunto muito conflituoso. Em certo ponto, não há nenhuma razão para soltar qualquer música nova porque os sistemas de entrega e distribuição (de músicas) que estão disponíveis não nos pagam. Estamos em uma situação onde os artistas têm que pegar o que eles podem, e não o que eles merecem, para mim é mais uma questão moral do que qualquer outra coisa, porque não tenho que se preocupar em pagar o aluguel, mas e as novas bandas? "

O músico ainda prossegue e diz que bandas como o Kiss não precisam se preocupar com músicas novas pois os fãs querem é ouvir os seus clássicos.

Opinião Mundo Metal

Nós acreditamos que o Kiss não está realmente preocupado com as bandas novas, pois estas vem encontrando o seu próprio caminho e ao invés de ficar reclamando que os sistemas não pagam, se adaptaram e utilizam de streamings, downloads e outros meios como uma divulgação rápida e eficiente para seus trabalhos. 

O fato de não querer gravar nada novo pensando em pagamento é simplesmente pelo fato de saber que enquanto o grupo subir no palco e tocar "Rock And Roll All Nite" e "Detroit Rock City", seus shows continuarão lotados e suas contas bancárias ganharão mais alguns zeros. 

Todos sabem que uma banda como o Kiss realmente tem muitos fãs que não se importariam com músicas novas, mas a frase "...não há nenhuma razão para soltar qualquer música nova porque os sistemas de entrega e distribuição (de músicas) que estão disponíveis não nos pagam" não parece ter muito a ver com fãs, que bem ao contrário do que o senhor Stanley pensa, consumiu demais o álbum "Monster" e se mostrou bem receptivo as músicas novas da banda, transformando algumas delas em canções obrigatórias nos shows.

Nos dias de hoje, sempre existirão aqueles que vão usufruir gratuitamente da arte, porém os shows continuam sendo cobrados (e bem cobrados). Todos sabemos que uma banda de médio porte hoje em dia, lucra com apresentações e não com venda de álbuns e os fãs fiéis e conscientes, sempre consumirão não apenas CD's, DVD's e ingressos, mas também produtos oficiais como camisetas e afins. 

E vocês o que pensam dessa visão?

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