O ano era 1981, a cidade era Nova York, EUA, Scott Ian e Danny Lylker foram os responsáveis por fundar esta que é uma das maiores bandas de Metal norte americanas.
Algumas “Demos” foram lançadas e mudanças de formação ocorreram até que no final de 1983 o clássico debut “Fistful Of Metal” foi gravado com Scott Ian (Guitarra), Dan Spitz (Guitarra), Danny Lilker (Baixo), Charlie Benante (Bateria) e Neil Turbin (Vocais). Esta formação foi a responsável pelo termo Thrash Metal ser usado pela primeira vez na história, quando Malcom Dome, da revista Kerrang! o usou para definir a música “Metal Thrashing Mad”.
"Fistful Of Metal" é um álbum forte, com músicas que se tornaram clássicas tanto da banda como de todo o Thrash, Além da já citada "Metal Thrashing Mad", temos as avassaladoras "Deathrider", "Panic", "Howling Furies" e "Death From Above" como destaque.
Após a gravação do álbum, Scott acabou expulsando Danny Lilker da banda, para seu lugar fora chamado o sobrinho de Charlie Benante, Frank Bello, outro que deixou a banda alegando que as canções do Anthrax eram “muito fracas” foi o vocalista Neil Turbin, sendo substituído pelo magnífico Joe Belladona. Scott e Charlie assumiram a responsabilidade pelas composições deste ponto em diante, mostrando que Neil Turbin cometeu um grande equívoco.
Com esta formação lançam os “Full Lenghts” “Spreading The Desease” (1985), “Among the Living” (1987), “State of Euphoria” (1988) e “Persistence of Time” (1990).
Estes quatro álbuns formam a fase de ouro do Anthrax, onde a maioria de seus maiores “Hinos” foram compostos e onde a banda teve seu auge criativo e comercial. Músicas como “Madhouse”, “A.I.R.”, “Caught In A Mosh”, “I Am The Law”, “Indians”, “Be All, End All”, “Antisocial”, “Belly Of The Beast”, “Got The Time” entre muitas e muitas outras figuram entre os grandes clássicos do Thrash Metal e dão a banda o status de Lenda viva do estilo.
Após “Persistence of Time”, mais precisamente em 1992, para tristeza dos fãs, o grande Joe Belladona acaba sendo demitido da banda por “divergências musicais”, no mesmo ano é substituído por John Bush, que vinha obtendo algum destaque na cena Metal com sua banda, o ótimo Armored Saint.
"Sound Of White Noise" (1993) foi lançado em meio a especulações e expectativas. Se trata de um bom trabalho, porém com uma nova perspectiva, as composições não soam tão rápidas como antes e o Anthrax com o sucesso alcançado, resolvia "experimentar" novos elementos em seu som, assim como diversas bandas fizeram no início da década de 90.
Apesar da faixa “Only” ter se tornado um Hit/Clássico/Hino da banda, ter feito muito sucesso e garantido as boas vendagens do álbum, a realidade é que esta foi a única faixa realmente forte que a fase com John Bush nos vocais conseguiu produzir.
A sequência de álbuns com “Stomp 442” (1995), “Volume 8: The Threat is Real” (1998) e “We’ve Come for You All” (2003) apesar de possuírem qualidades inegáveis e apresentar canções muito boas, não se pareciam em nada com aquela banda despojada que conquistou a todos em seu início de carreira.
Com John Bush nos vocais, a banda alcançaria apenas mais um álbum de destaque, a regravação dos seus clássicos em “The Greater Of Two Evils” (2004), onde ficou muito claro que todos queriam ver o Anthrax soar como nos primórdios.
Em 2005, Joe Belladona é recrutado para gravar o Ao Vivo “Alive 2”, mas algumas arestas ainda precisavam ser aparadas antes que Belladona voltasse por definitivo em 2010 para as apresentações com o “Big Four Of Thrash” e a gravação de um novo álbum, que contaria com a formação clássica quase que toda reunida, apenas sem Dan Spitz.
"Worship Music" (2011) mostra um Anthrax totalmente reinventado, com o "frontman" que todos os fãs queriam de volta e o melhor de tudo: Tocando Thrash Metal novamente. O novo álbum mostra claramente uma banda tocando com empolgação, prazer e a certeza absoluta de que os bons tempos voltaram. Pra ficar.
"Metal Thrashing ‘Fuckin’ Mad"
Escrito por Fabio Reis