Scanner - The Judgement (2015)



Depois de 13 anos a banda de Gelsenkirchen retorna no cenário fonográfico com The Judgement. Conhecida pelo cenário underground, mais pelos seus primorosos trabalhos Hypertrace de 1988 e Terminal Earth de 1989, passou a década de 90 com álbuns que foge de sua proposta inicial que era um speed-power vigoroso.

O único membro original da banda hoje, é o guitarrista Axel Julius que está na banda desde que se chamava Lion's Breed (Outra banda sensacional a se conhecer) e com o novo line-up a banda retorna a sua proposta dos anos 80, como mencionado acima.

O álbum começa com uma sequência de riffs e uma atmosfera em sua intro para dar abertura à faixa F.T.B. (Fight The Bastards) que é aquele speed-power que faz todo fã de metal querer entrar em um mosh pit e começar um "ode ao caos". Tudo o que se espera de uma banda alemã tem aqui: riff velozes, batidas que te chamam a bangear, vocal bem afinado e harmonioso com o instrumental e refrão que chama a platéia a cantar uníssono.

Nevermore é uma faixa que remete mais ao heavy metal tradicional com uma pegada power e thrash. A mudança de ritmos é um show a parte dessa música ao longo de sua execução, fora a interpretação e a dicção do vocalista Efthimios Ioannidis que completa perfeitamente a estrutura da música. Um detalhe: O contexto da música menciona a obra de Edgar Alan Poe, The Raven.

Warlord começa com uma afinação um pouco mais diferente e uma atmosfera tensa. certas passagens chegam a remeter um pouco a estruturas de death metal, só que mão é algo que comprometa a música, mas, sim, agrega. Poderia dividir a música em duas partes, a primeira mais extrema e a outra mais melodiosa. Muito boa!


Eutopia é uma faixa mais cadenciada e com mais peso levando uma pegada mais Judas Priest.
A Faixa-título é a típica escola alemã se apresentando. Riffs marcantes, melodias e peso nas medidas certas levando uma atmosfera tensa que se propõe a letra da música "O Julgamento".

Battle of Poseidon começa com um riff no melhor estilo Vivian Campbell de tocar nos tempos áureos do Dio, passando para uma pequena cadenciada levando à melodia principal da música, que é bem cativante, alternado o ritmo sem desestruturar a música e um refrão bem magistral. Tem um "quê" de épico nessa música. Mostra bem as influências das composições do Mestre Dio em se tratando de climas épicos. A música segue uma continuidade para a próxima.

Pirates que segue também uma atmosfera épica de aventuras. Um convite para pegar seu veículo e sair em uma aventura para explorar cantos antes nunca vistos pelo homem
Know Better é mais uma faixa que bebe de fonte "Priestiana" que agrada muito bem.
The Race, só pelo nome da faixa, já se pode imaginar o que está por vir: Uma speedera insana no melhor estilo Helloween no início de carreira com umas pegadas de heavy tradicional só que menos melodioso e mais agressivo.

Fechando o disco com The Legionary, temos uma faixa magistral com passagens leves alternado para mais pesadas criando uma estrutura única à música. Como de costume nas faixas anteriores, a mudança de ritmos é bem percebida e, com muito profissionalismo, não se desestrutura a música.

Conclusão:
Um álbum de metal honesto, bem composto, bem executado sem ser tendencioso que é um retorno às raízes da banda. Os principais destaques são as já mencionadas mudanças de ritmos e o vocal de Efthimios Ioannidis que dá uma sensação de saudosismo ao que a banda costumava a ser em seus primórdios.


Escrito por Edwin Dare

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...